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Tratamento de istmos e reentrâncias

Os canais radiculares têm anatomia interna composta por um sistema de canais (canalículos, ramificações, depressões e cul-de-sacs), que formam um complexo arranjo intercomunicado composto de canais (principais, laterais, secundários, acessórios, intercondutos, colaterais e delta apicais). Esse complexo é um dos fatores que mais interferem na terapia endodôntica.

Chamamos de istmos e reentrâncias a comunicação entre canais, que são formados por verdadeiras e profundas fendas, dificultando a ação dos instrumentos, como também das substâncias químicas auxiliares da instrumentação durante o preparo dos canais radiculares.

No tratamento endodôntico é feito o controle da infecção através da limpeza e desinfecção do sistema de canais radiculares. E para isso se faz necessário a conjugação de instrumentos apropriados para cada anatomia, com as devidas variações de comprimento e forma, e substâncias químicas, alcançando assim a sua eficiência: ação química e mecânica.

A remoção completa da microbiota nem sempre é possível, devido à complexidade anatômica. Contudo, pode-se remover a maior quantidade de substrato possível objetivando interferir no processo de desenvolvimento microbiano, inativando os remanescentes da microbiota por falta de nutrientes. Dessa forma, pode-se conseguir um tratamento previsível na medida em que, removendo o alimento bacteriano, eliminando espaços vazios e tratando o forame apical obtém-se o controle da infecção.

O tratamento endodôntico só é finalizado quando, após a obturação dos canais, realiza-se o selamento coronário, evitando assim futuras infiltrações.

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